Eu sempre fui do tipo de pessoa que enjoa das coisas com facilidade. Aquela boneca linda, presente do Papai Noel, era logo deixada de lado após alguns meses de brincadeiras diárias.
Na fase áurea da minha paixão pelo MSN, chegava a conversar com dez janelinhas pipocantes ao mesmo tempo, até que, do dia para a noite, enjoei e hoje posso ficar dias sem conversar com ninguém não tenho mais paciência...
O Orkut também já roubou de mim uma fase intensa de “amor febril”, quando eu passava horas nas minhas comunidades preferidas, respondendo a todos os tópicos, até mesmo aqueles considerados inúteis, dignos de serem respondidos com uma receita de bolo. Mas isso passou também e hoje eu mal consigo retribuir os recados que enviam para mim.
Sendo assim, um dos meus piores pesadelos era imaginar que talvez um dia eu nunca poderia ser mãe, pois certamente acabaria enjoando dos meus filhos do dia para a noite, assim como enjoava das minhas bonecas. “E quando eu não quiser mais brincar de ser mãe, o que farei com a criança? Não dá para simplesmente guardá-la dentro do armário”! Ou devolvê-la.
Mas, por sorte, não é assim que funcionam as coisas.
Com o tempo vamos acostumando com as mudanças e percebendo como é que tudo se desenvolve...Assim então aprendemos sobre as coisas que nunca poderemos abrir mãos pelos simples fato de ter enjoado.
Aprendemos que tem coisas que não devemos pensar duas vezes para nos desfazermos,pois permanecer com elas só farão mal para nós mesmos...
Por fim aprendemos encontrar o equilíbrio entre o bem e o mal,entre o sim e o não...
Entre querer e não querer...Hoje eu quero amanhã posso não querer mais quem sabe...
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