Ando querendo, solicitando na verdade, uma audiência com a Dona Vida. O pedido: uma colherzinha de chá. Colherzinha, não. Uma boa colherada de chá. Uma folga, um recreio, uma lógica pra seguir, uma carinho, um algodão doce bem grandão.
Não, a vida não é ruim comigo. Muito pelo contrário. Eu é que estou cansada. Cansada de ter que ser o que a gente tem que ser para viver por aí. E por aqui. E por todo lado.
Na verdade, queria que a Vida desse uma colher de chá pra todo mundo à minha volta. Seríamos assim, um monte de gente de folga. Folga de intelectualidades refinadas, de posturas adequadas, de superficialismos existenciais, de joguetes, de maldade, de afetos artificiais, de tantas palavras que não dizem nada.
Ás vezes penso _Caraca, será que estou só nessa ânsia por uma convivência mais simples, com mais risadas, com mais palavras soltas, com mais aceitação, com mais to-le-rân-cia, com mais abraços apertados e demorados, com mais portas abertas, com mais "eu adoro você", com mais tempo para simplicidade?
Devo estar sendo redundante, eu sei.
Deve ser esse inconformismo que me ronda e não permite a devida adaptação. Por mim, a Dona Vida sairia distribuindo colheres e mais colheres de chá pra todo mundo, uma chazinho que acrescentasse mais sorrisos, mais encontros e mais delírios por esse mundo que anda , por vezes, tão chatinho.
-Ah, Dona Vida, help me, please!
3 Comments:
eu ñ gosto de chá...
\o/
Oieee, tudo bom?
Gostei muito das cores do seu blog!
[;)]
Valeu pela passada no meu
bejos
Ah! Eu não almejo uma colher de chá. Pra quê? A esperança é que impele o ser humano a seguir em frente, a querer, a desejar. Sem esperança, seríamos trapos sem uso, sem motivação, sem instigação... Eu não quero descanço, porque a esperança só nasce quando participamos ativamente da vida, sem interrupções...
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